Capacitações em maternidades marcam a reta final do projeto 150 Mil Chances de Vida

Capacitação em Umuarama

 

Uma viagem pelo Paraná marcou a reta final do projeto 150 Mil Chances de Vida, cujas coletas de material para a realização de testes genéticos seguem até agosto. Uma equipe do Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe percorreu mais de 600 quilômetros entre os dias 6 e 9 de fevereiro, e passou por sete municípios do Estado.

Com o intuito de reforçar a importância e a parceria com as maternidades e unidades básicas de saúde, um grupo de pesquisadores do Instituto de Pesquisa conduziu uma nova rodada de encontros, que reuniram representantes de 24 instituições. O objetivo foi capacitar os profissionais da saúde responsáveis pela coleta do material para os testes relacionados ao tumor de córtex adrenal (TCA) e às imunodeficiências primárias (IDPs).

Além de palestras que deram ênfase ao diagnóstico precoce dessas enfermidades, houve momentos de contato direto com os profissionais das instituições envolvidos no projeto. Em sua maioria enfermeiros, eles puderam esclarecer dúvidas, trocar experiências e expor relatos.

“Essa nova capacitação veio nos relembrar a importância da coleta para os exames e nos fortalecer para continuá-la até o último dia do projeto. Garantir isso é proporcionar oportunidade de tratamento e vida a uma criança”, relatou a enfermeira-obstetra da Associação Beneficente de Saúde do Noroeste do Paraná (Norospar), Sônia Gazin.

Capacitação em Apucarana

Diferencial
Um dos assuntos abordados nos encontros foi o estudo psicológico intitulado “Avaliação dos níveis de ansiedade e depressão em gestantes: um estudo no território brasileiro”, que faz parte do projeto 150 Mil Chances de Vida. Primeiramente, a pesquisa visava acompanhar as famílias que tivessem diagnóstico positivo para TCA e IDPs, a fim de resguardar e minimizar todo o impacto do resultado dos testes genéticos. Posteriormente, o estudo foi ampliado.

Considerando que as mães poderiam estar vivendo um momento depressivo já na gestação, a pesquisa atualmente acompanha toda a vivência da gravidez. Isso por meio da aplicação, nas unidades básicas de saúde, de um questionário durante o período de acompanhamento pré-natal das gestantes. Ou seja, em todos os municípios em que é feita a coleta de material para os exames, faz-se contato para que haja esse acompanhamento psicológico.

“As unidades que começaram o projeto conosco no ano passado, que perceberam o alcance e a relevância desse acompanhamento, têm nos demonstrado isso. Ao receberem as avaliações das gestantes em risco, conseguem se posicionar e, posteriormente, essas mães têm o parto e o pós-parto tranquilos. Isso é prevenção. Precisamos disso na saúde de nossas futuras mamães e de nossos bebês”, ressaltou a psicóloga e pesquisadora do projeto, Clarice Zotti.


A opinião de quem faz parte do projeto 150 Mil Chances de Vida

“Eu gostei do projeto desde a apresentação dele, pois atua na prevenção. Não precisamos chegar à emergência, que é o que normalmente acontece. Em nosso primeiro contato, reunimos todos os enfermeiros das unidades básicas de saúde para a capacitação e, assim, surgiram várias ideias de como aplicar a pesquisa. Mobilizamos a todos. Podemos dizer que estamos felizes com os resultados.”
Cristiane Silva, coordenadora municipal de Saúde Mental de Mandaguari

“Nós vemos com muito bons olhos essa parceria, pois temos prioridades na saúde e, sem dúvidas, a gestante é uma prioridade para a gente. A vinda da equipe do projeto aqui reforça nosso interesse em colocar a iniciativa em prática.”
Marcelo de Castro, superintendente de Atenção Básica da Autarquia Municipal de Saúde de Apucarana