Diagnóstico precoce salva vidas
O diagnóstico precoce é fundamental no tratamento de diversas doenças. No caso do tumor de córtex adrenal (TCA), ele também é muito importante. Isso porque se for descoberto em seu estágio inicial, eleva-se a chance de cura em quase 100%. Na família Hoffmann, por exemplo, isso ocorreu duas vezes.
Em sua infância, Gisele Hoffmann foi acometida com esse câncer que atinge a glândula adrenal, localizada sobre cada rim. A doença foi descoberta precocemente e ela foi submetida a uma cirurgia no Hospital Pequeno Príncipe para a retirada do tumor. Depois disso, Gisele prosseguiu com sua vida normalmente, sem avanço da enfermidade ou sequelas. Mesmo com a cura, ela seguiu alerta.
Certo dia, ao trocar a fralda de sua sobrinha – Maria Eduarda Pianovski Hoffmann, então com apenas seis meses de vida –, Gisele levou um susto ao perceber a presença de pelos na região pubiana, um dos sinais do TCA. A família, então, procurou imediatamente o Pequeno Príncipe. O diagnóstico comprovou a existência da doença e, uma semana depois, a menina passou por uma cirurgia, no próprio Hospital, para a retirada do tumor e a cura foi alcançada.
Os familiares da garotinha fazem parte do projeto 150 Mil Chances de Vida. “Esses estudos salvam vidas. Todos temos que saber da doença e da possibilidade do teste para que não aconteçam coisas piores. Tem como tratar a enfermidade de forma rápida e até simples, temos somente que saber o que a criança tem. Precisamos estar atentos aos sinais e sintomas”, ressalta Alex Hoffmann Xavier da Silva, pai de Maria Eduarda.
Sobre o projeto
150 Mil Chances de Vida é uma iniciativa do Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe, que conta com o apoio do Hospital Pequeno Príncipe, da Faculdades Pequeno Príncipe e do Centro de Genética Molecular e Pesquisa do Câncer em Crianças (CEGEMPAC). A partir da coleta de duas gotas de sangue de recém-nascidos, são feitos testes genéticos para identificar uma mutação ligada ao desenvolvimento do TCA e para diagnosticar imunodeficiências primárias (IDPs).
A coleta de material para os exames está prevista para cinco Estados: Paraná, Acre, Rondônia, São Paulo e Santa Catarina. Até o fim do projeto, 150 mil testes serão realizados e 300 mil pessoas serão beneficiadas.